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Câmara de Itaguaí cobra explicações de valores atrasados pagos ao prefeito e secretários

Em sessão parcialmente remota da Câmara Municipal de Itaguaí (CMI), realizada na quinta-feira (21), com a presença de parte dos vereadores no plenário e outra parte por videoconferência de suas residências, a assembleia foi marcada por cobranças ao prefeito Carlo Busatto Junior, o Charlinho.

Além do presidente da CMI, Rubem Vieira, participaram da sessão os vereadores André Amorim, Carlos Kifer, Gil Torres, Genildo Gandra, Haroldo de Jesus, Ivan Charles, Minoru Fukamati, Nisan Cesar, Waldemar Ávila, Vinícius Alves, Willian Cezar, Reinaldo do Frigorífico e Roberto Lúcio Espolador Guimarães. Dos três ausentes, apenas o vereador Sandro da Hermínio teve a sua falta justificada pelo presidente.

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A cobrança ao chefe do Poder Executivo foi a primeira matéria da pauta do dia aprovada. Trata-se de um requerimento de informação, de autoria do presidente da CMI, encaminhado ao chefe do Poder Executivo e à secretária de Fazenda, Valéria da Silva Gusmão Marins, cobrando o balancete mensal de gastos de todos os órgãos administrativos da prefeitura.

Segundo o presidente da CMI, o requerimento de informação questiona o prefeito sobre uma quantia referente a direitos trabalhistas atrasados (férias e 13º terceiro, entre outros) que renderam a Charlinho no mês de abril o valor de R$ 74.786,00, além do salário mensal. Ainda segundo o presidente, no mesmo balancete de abril, consta que o prefeito Charlinho pagou os mesmos benefícios atrasados a secretários ligados a ele. “A esposa do prefeito, a secretária de Educação e Cultura, Andréia Cristina Marcello Busatto, recebeu R$ 34.579,00, além do salário de R$ 15 mil”, criticou Rubem Vieira.

O presidente da CMI disse ainda que os secretários que trabalham na mesma pasta com a secretária também receberam altos valores. Segundo ele, no mesmo balancete consta que 23 secretários e subsecretários receberam vultosas quantias nesses meses de pandemia. “O problema é que eles mascararam o balancete tirando o valor, com exceção do prefeito e da secretária. Provavelmente, esses secretários chegaram a receber mais de R$ 60 mil. Só a família do prefeito, juntando tudo, chega a quase R$ 150 mil em único mês. Vários servidores que foram dispensados têm processos abertos na prefeitura desde 2018 e ainda não receberam, porém, o prefeito abriu um processo administrativo esse ano já recebeu”, declarou Rubem Vieira.

A denúncia feita pelo presidente da CMI causou revolta em alguns vereadores que se pronunciaram cobrando comprometimento do prefeito Charlinho com a população e os servidores, principalmente das áreas da saúde e educação. Após aprovação do requerimento, que o prefeito terá que responder em 15 dias, os vereadores aprovaram indicações, projetos de leis e pareceres.

Redação

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