8 curiosidades incríveis sobre as abelhas

As abelhas são insetos fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas e a produção de alimentos. Presentes em quase todos os continentes, elas são conhecidas principalmente por sua capacidade de polinizar flores, garantindo a reprodução de diversas plantas. 

Esse trabalho é indispensável para a natureza e para os seres humanos, pois aproximadamente 73% das culturas agrícolas do mundo dependem da polinização feita por insetos como as abelhas, conforme a Associação Brasileira de Estudos das Abelhas – A.B.E.L.H.A. Além disso, elas produzem o mel, a cera, o própolis e a geleia real, substâncias altamente valorizadas tanto na alimentação quanto na medicina. 

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No entanto, esses insetos vêm sofrendo um declínio populacional alarmante devido à destruição de habitats, ao uso de pesticidas e às mudanças climáticas. Para entender melhor a relevância das abelhas, conheça algumas curiosidades fascinantes sobre elas! 

1. Existem mais de 20 mil espécies de abelhas no mundo 

As abelhas pertencem à ordem Hymenoptera e à superfamília Apoidea. Até hoje, os cientistas já catalogaram mais de 20 mil espécies diferentes desses insetos, que variam em tamanho, cor e comportamento. Enquanto algumas, como a famosa Apis mellifera (abelha-europeia), vivem em colônias organizadas, muitas outras, como as abelhas solitárias, não formam colmeias e constroem seus ninhos em troncos, buracos no solo e até dentro de casas. 

No Brasil, há mais de 1.500 espécies nativas. Desse total, segundo a A.B.E.L.H.A., foram descritas cientificamente cerca de 250 espécies de abelhas sem ferrão no país, que, além de produzirem mel, desempenham um papel importante na polinização da flora nativa e de plantas relacionadas à produção de alimentos. 

2. Vivem em uma sociedade extremamente organizada 

As colmeias são formadas por uma estrutura social hierárquica dividida em três grupos: a rainha, as operárias e os zangões. A rainha tem a função exclusiva de reprodução e pode pôr até 2 mil ovos por dia. As operárias, que são fêmeas estéreis, realizam diversas funções, como coletar néctar, alimentar as larvas, produzir mel e defender a colmeia. Os zangões são os machos responsáveis pela fecundação da rainha, mas, após o acasalamento, morrem, pois seu papel na colônia se encerra. 

3. Formas de comunicação 

Conforme a A.B.E.L.H.A., as abelhas utilizam uma forma sofisticada de comunicação baseada em substâncias químicas chamadas feromônios. Elas são produzidas por diversas glândulas do corpo desses insetos e liberadas no ambiente, sendo captadas por receptores sensoriais localizados em suas antenas. 

Além disso, para informar outras abelhas sobre a localização de fontes de alimento, esses insetos utilizam uma forma única de comunicação chamada “dança das abelhas”. Quando uma operária descobre uma boa fonte de néctar ou pólen, ela retorna à colmeia e executa uma série de movimentos que indicam a direção e a distância da flor em relação ao sol. 

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4. Produzem muito mais do que apenas mel 

As abelhas são conhecidas principalmente pela produção de mel, mas esse não é o único produto que elas oferecem. Elas também fabricam a cera, usada para construir os favos da colmeia; o própolis, uma resina com propriedades antimicrobianas utilizada para proteger a colmeia contra doenças; a geleia real, um alimento altamente nutritivo produzido para alimentar a rainha; e o pólen, que é coletado das flores e usado para alimentar as larvas. Todos esses produtos são aproveitados pelos seres humanos na alimentação e na medicina, devido aos seus inúmeros benefícios à saúde. 

Mel em pote de vidro
A produção de mel é realizada por milhares de abelhas operárias (Imagem: Mariya Surmacheva | Shutterstock)

5. Um quilo de mel é resultado da visita a milhões de flores 

A produção de mel é um processo extremamente trabalhoso. Para fabricar apenas 1 kg de mel, as abelhas precisam visitar cerca de 5 milhões de flores e percorrer aproximadamente 150 mil quilômetros – o equivalente a dar quatro voltas ao redor da Terra! 

Esse trabalho intenso é realizado por milhares de operárias, que coletam o néctar e o transformam em mel por meio da ação de enzimas digestivas. Esse alimento é essencial para a sobrevivência da colmeia, pois serve como reserva de energia para os períodos de escassez. 

6. Algumas espécies podem ser criadas como “animais de estimação” 

A meliponicultura, prática de criação de abelhas sem ferrão, tem se tornado popular entre pessoas interessadas em contribuir para a conservação ambiental. Diferente das abelhas comuns, essas espécies, como a jataí e a mandaçaia, não possuem ferrão e podem ser criadas em áreas urbanas sem oferecer riscos. Elas ajudam na polinização das plantas e ainda produzem um mel bastante valorizado, conhecido por seu sabor diferenciado e propriedades medicinais. 

7. A vida das abelhas operárias é muito curta 

Enquanto a rainha pode viver por até cinco anos, as abelhas operárias têm uma expectativa de vida de apenas 45 a 60 dias. Durante esse tempo, elas passam por diferentes funções dentro da colônia. Nos primeiros dias, trabalham dentro da colmeia limpando os favos e alimentando as larvas. Depois, tornam-se guardiãs da colmeia e, por fim, se tornam coletoras de néctar e pólen. Essa divisão de tarefas é fundamental para o funcionamento eficiente da colônia. 

8. As abelhas possuem um voo extremamente eficiente 

Uma abelha pode voar a uma velocidade de até 25 km/h e visitar centenas de flores em uma única viagem. Elas têm a capacidade de carregar até 50% do próprio peso em néctar e pólen. Além disso, conseguem voar longas distâncias, percorrendo até 6 km para encontrar alimento. Esse desempenho impressionante permite que elas polinizem diversas plantas em uma ampla área, beneficiando o meio ambiente. 

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