Nuclep inaugura linha de produção de torres de transmissão de energia
Evento em Itaguaí teve a participação do ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque
NOVO RUMO A Nuclep promoveu nesta sexta-feira (19) a solenidade de inauguração de sua linha de produção de torres de transmissão, marcando o início de uma nova era, com a abertura de novos mercados e a definitiva diversificação de seus negócios. A cerimônia de inauguração foi comandada pelo presidente da Nuclep, contra-almirante Carlos Henrique Seixas e teve a presença do ministro de estado de Minas e Energia, Bento Albuquerque. A anunciada presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, acabou não se confirmando.
Segundo o presidente da Nuclep, a entrada da empresa no mercado de torres de transmissão vai garantir uma previsibilidade no faturamento da companhia durante os próximos anos. “A nossa expectativa de faturamento para 2021 é de R$ 140 milhões. Esse valor aumentará para mais de R$ 200 milhões em 2022. Em 2023, chegaremos a cerca de R$ 400 milhões”, projetou Seixas, antecipando expectativa de anos de grande produtividade para a empresa, antes focada na produção de insumos para as indústrias nuclear, de defesa e pesada.
Além de a Nuclep avançar o mercado de produção de torres de transmissão de energia elétrica, a empresa está dedicada ainda a projetos estratégicos para o país, como, por exemplo, o Labgene, parte essencial do Programa Nuclear da Marinha do Brasil. A empresa também está envolvida no término dos últimos acumuladores e no condensador que serão destinados à Usina Angra 3. “Temos também o bloco 40 do Labgene, o término dos últimos acumuladores de Angra 3 e o condensador da usina, que deve ficar pronto até o final do ano. E teremos ainda, se Deus quiser, o início da fabricação do nosso submarino nuclear. Deve acontecer ainda em 2021 a assinatura do contrato para começarmos a construção do submarino em 2022”, afirmou.
Presidente cita mercado promissor
Em entrevista ao Portal Petronotícias, o presidente Seixas disse que desde que chegou à Nuclep sempre sentiu falta de um produto que pudesse ser fabricado de forma contínua, que pudesse dar um faturamento rotineiro, trazendo previsibilidade de receitas. Mas desde sua fundação, a Nuclep sempre foi voltada aos segmentos nuclear e de defesa, dois setores muito importantes para o Brasil, mas com encomendas de forma muito esporádica. Ele acrescentou que em 2019, o ministro de minas e Energia apresentou um estudo dando conta de que, até 2027, o Brasil teria necessidade de instalar 55 mil quilômetros de linhas de transmissão. Seixas disse que a partir de então conversou com o diretor comercial da Nuclep sobre a possibilidade de fabricar essas torres, nascendo a ideia. Ainda segundo ele, o ponto de partida foram os estudos de mercado e a associação com uma empresa de São Paulo, que trouxe todo um know how de mercado. “No final de 2019, vislumbramos a necessidade de adquirir novas máquinas para aumentar nossa capacidade de produção de torres de transmissão”, disse ele.