Aciapi propõe movimento pelo fim da cobrança de ICMS
Presidente da instituição, Tadashi Tani cita clamor social como estratégia para sobrevivência em meio ao caos
O presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropastoril de Itaguaí, Roberto Alexandre Tadashi Tani, tornou público, nesta segunda-feira (23), um manifesto conclamando os interessados a se unirem com o propósito de levar adiante uma mobilização, que ele classificou como clamor social, pelo fim da cobrança de substituição tributária do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para microempreendedores individuais (MEI) e para micro e pequenas empresas inscritas no Simples Nacional.
No documento, o presidente Tadashi Tani sustenta que as micro e pequenas empresas avaliam que, tomando essa decisão, o governador Wilson Witzel criaria o mais eficiente mecanismo para que elas consigam sobreviver à concorrência com as grandes empresas, quadro, segundo ele, agravado pela crise promovida pela pandemia do coronavírus, que fez com que o Governo do Estado decretasse quarentena, com o fechamento de vários negócios, especialmente o comércio em geral, por, pelo menos, 15 dias, provocando uma verdadeira reviravolta no mercado.
Tadashi Tani acentua ainda que se o governador atender ao clamor social defendido e lançado pela Aciapi vai criar, como reflexo imediato, a preservação de empregos, uma vez que a pandemia e suas consequências devem ceifar muitos postos de trabalho no estado do Rio. “Vale destacar que tal medida também concederia um efeito automático no pós-crise, que seria a recuperação financeira das empresas, ou seja, uma única medida que promoveria bons efeitos no presente e no futuro”, enfatizou ele, lembrando a importância das micro e pequenas empresas para a economia nacional.
Para reforçar sua tese, o presidente Tadashi Tani cita que os empresários inseridos no Simples Nacional são responsáveis por empregar mais de 54% dos trabalhadores com carteira assinada no país, representam mais de 92% do total de empresas nacionais e são responsáveis por mais de 27% do produto interno bruto brasileiro. “Em face da expressividade dessa classe, sendo considerada um pilar da economia nacional, não pode haver inércia nesse momento”, destacou ele, acreditando que o chamamento pode sensibilizar o governador Wilson Witzel.
No final do documento, Tadashi Tani insiste que a luta em favor do fim da cobrança de substituição tributária do ICMS para os MEIs e para micro e pequenas empresas inscritas no Simples Nacional deve reunir os empresários, seus colaboradores, contadores, integrantes dos poderes Legislativo e Executivo estaduais e todos os demais cidadãos do estado imbuídos no desejo de encontrar saídas em meio à crise que vivemos. Ele acredita que esta é o caminho para evitar o que chamou de o colapso que se avizinha. “Procrastinar, mais um único dia, significará a condenação à falência da maior classe de empreendedores do Brasil”, concluiu ele.
RENATO REIS
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