Marinha faz monitoramento radiológico durante visita do USS Hampton em Itaguaí
A visita do submarino dos EUA ocorreu após o exercício multinacional “Unitas LXV”, que contou com a participação do Brasil no mar do Chile
Durante a passagem do submarino nuclear USS Hampton pela Base de Submarinos da Ilha da Madeira, em Itaguaí, a Marinha do Brasil realizou um extenso monitoramento radiológico. Este procedimento incluiu análises diárias durante a permanência da embarcação, além da coleta de amostras de água e sedimentos do leito marinho. Técnicos do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD) avaliaram os resultados para detectar qualquer fraude de vazamento de material radioativo.
O USS Hampton visitou o Brasil após participar do exercício multinacional “Unitas LXV”, ocorrido no mar do Chile, onde o Brasil também teve presença com a Fragata Liberal em setembro deste ano. Equipado com um reator nuclear que dispensa reabastecimento, o submarino pode operar submerso por longos períodos, mas qualquer falha nos sistemas de propulsão apresenta riscos significativos para a população e o meio ambiente. “O monitoramento radiológico é parte essencial do protocolo de segurança nuclear da Marinha, evita a contaminação radiológica de origem naval”, explica o vice-almirante Antônio Capistrano de Freitas Filho, Superintendente de Relações Institucionais e Comunicação Social da Secretaria Naval de Segurança Nuclear e Qualidade.
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Esta foi a segunda vez este ano que a Marinha precisou monitorar os níveis de radiação no litoral brasileiro. Em maio deste ano, o porta-aviões USS George Washington, também da Marinha norte-americana, fundeou no interior da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, marcando o encerramento do exercício conjunto “Southern Seas”. Na ocasião, foram providenciadas medições do ar, da água e de sedimentos marinhos, além dos tripulantes licenciados (autorizados a desembarcar) e de material descartado.