Cartilha ajuda empresas na contratação de pessoas com deficiência
O Instituto Rede Incluir (IRI), organização social sem fins lucrativos, lançou uma cartilha gratuita e online destinada a auxiliar as empresas na hora da contratação da pessoa com deficiência (PcD) e reabilitados.

A cartilha faz parte do contexto dos projetos e programas que o IRI constrói com diversas empresas no mercado. O objetivo principal é simplificar os processos de contratação das PcDs e reabilitados e, também, combater preconceitos no caminho de quem busca um lugar ao sol no mercado de trabalho.
Presidente do IRI, Antoniel Bastos explica que existem muitos mitos no mundo do trabalho que rotulam a PcD com frases capacitistas como: “não existem pessoas para serem contratadas”; “não há no mercado pessoas qualificadas para as vagas”; “pessoas com deficiência preferem receber o Benefício de Prestação Continuada a trabalhar” etc…
“Quando um profissional é contratado para cumprir cota por causa da deficiência, em geral elas entendem que vão ficar naquele posto de trabalho para o resto da vida por falta de perspectiva de crescimento profissional”, afirma Antoniel.
Antoniel Bastos disse ainda que os obstáculos que dificultam a inserção de pessoas com deficiência no mundo do trabalho começam bem antes da contratação. A discriminação ainda é uma barreira. Os PcDs têm sua capacidade menosprezada. A falta de acessibilidade, tanto de estrutura física quanto de acolhimento, é um dos grandes obstáculos para a contratação. Antoniel Bastos informou que os interessados podem acessar a cartilha de forma gratuita no endereço https://publicaes-rede-incluir.herospark.co/p/comocontratarpcd.
MEGA FEIRÃO
O lançamento da cartilha é mais uma iniciativa do IRI, que na quinta-feira (23) promoveu na Universidade Estácio de Sá, em Santa Cruz, um mega feirão de empregos para pessoas reabilitadas e com deficiência. Na ocasião houve a disponibilização de mais de 800 vagas em diversos postos de trabalho.

Segundo Antoniel Bastos, a média de pessoas atendidas em eventos do gênero gira em torno de 500, e 40% delas conseguem um emprego. “Existe um grande abismo na contratação desses profissionais no mercado. Dentre as dificuldades, posso destacar a falta de mobilidade nas cidades”, avalia Antoniel.
Marcelo Freitas é coordenador do Projeto de Inserção de PcDs e Reabilitados do INSS no mercado de trabalho, uma iniciativa do Ministério do Trabalho e Emprego. Ele falou sobre a importância de um evento como o realizado em Santa Cruz. “Este é o momento para alavancar as opções de recrutamento das empresas e as oportunidades para os candidatos. Ao mesmo tempo em que promove a integração destes com os diversos atores da questão da inserção de PcDs e reabilitados na sociedade”, concluiu.