Candidata a vereadora Elisa Giovanna é alvo de operação da PF em Itaguaí
Agentes investigam fornecimento de comprovantes de residência falsos para possíveis eleitores, prometendo vantagem econômica em troca de votos
Na manhã desta quinta-feira (3), a Polícia Federal deflagrou a Operação Nômade Eleitoral, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada para cooptar pessoas para alistamento eleitoral e/ou mudança de domicílio eleitoral de Santa Cruz (bairro da capital) para Itaguaí. A investigação contou com o apoio do Ministério Público Eleitoral.
De acordo com reportagem da TV Globo e da Band, o alvo da investigação é Elisa Giovanna dos Santos Martins Dias, candidata a vereadora pelo Podemos. Elisa foi secretária municipal de Obras de Itaguaí até se desincompatibilizar para concorrer ao cargo no Legislativo. Ela é presidente municipal do partido Podemos em Itaguaí.
Policiais federais cumprem seis mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo da 105ª Zona Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro, em residências em Itaguaí, Santa Cruz e no Rio de Janeiro. Além disso, foi determinado o sequestro de bens e valores incompatíveis com a renda do investigado.
A investigação, iniciada por requisição do Ministério Público Eleitoral, revelou que um candidato postulante ao cargo de vereador e seus cabos eleitorais forneciam comprovantes de residência falsos para os possíveis eleitores, prometendo vantagem econômica em troca de votos, para que estes se alistassem ou alterassem seu domicílio eleitoral em Itaguaí.
Durante as investigações, apurou-se que alguns dos investigados, alvos dos mandados judiciais na data de hoje, foram flagrados no cartório do Juízo da 105ª Zona eleitoral – Itaguaí/RJ pagando multas eleitorais de eleitores supostamente cooptados.
Além do crime de organização criminosa, os investigados poderão responder pelo crime de inscrição fraudulenta, com uso de documento falso, por oferecer vantagem ilícita em troca de voto e por corrupção de menores, já que muitas das pessoas levadas à sessão eleitoral para a inscrição ou alteração do domicílio eleitoral eram menores de idade.
A poucos dias da Eleição 2024, a notícia caiu como uma bomba na cidade e disparou várias mensagens nas redes sociais, o que esquentou a disputa eleitoral.
O Atual entrou em contato com Elisa Giovanna de duas maneiras: ligação para o seu celular e mensagem para o seu WhatsApp com pedido de nota oficial a respeito da Operação. Até o momento, ela não respondeu.
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