PESQUISA A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Canabiologia, Pesquisa e Serviços (Canapse), uma associação sem fins lucrativos, firmaram um acordo de cooperação técnico-científica com o objetivo de viabilizar estudos farmacológicos e na área de melhoramento genético com a planta cannabis sativa e suas variações. Reitor da UFRRJ, o professor Ricardo Luís Louro Berbara explicou que o convênio vai permitir aos pesquisadores da universidade acesso ao material biológico da cânabis, sementes e flores. Os projetos de pesquisa serão registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária e no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Atualmente, o cultivo da planta acontece na sede da Canapse, amparado por habeas corpus concedido em 2018 ao secretário geral da associação, Ricardo Nemer.
De acordo com o UFRRJ, a sociedade ganha com o investimento público em pesquisas científicas com cânabis para fins medicinais. “Hoje a planta é usada em praticamente todos os países desenvolvidos do mundo como alternativa terapêutica. É uma espécie vegetal extraordinária sobre a qual não temos no Brasil conhecimento científico sobre formas de cultivo e manejo”, explicou Berbara. Ainda segundo o reitor, a UFRRJ vai mobilizar suas equipes de pesquisa nas áreas de farmácia, química, agronomia, melhoramento de plantas, manejo de solos e fitotecnia para desenvolver protocolos que aumentem a eficiência dos processos de extração de metabólitos para fins farmacológicos e, também, o conhecimento sobre o manejo da espécie em ambientes tropicais.
Para fomentar discussões sobre o tema na comunidade acadêmica, a UFRRJ vem promovendo a “Oficina sobre Cânabis: uma revisão”, que começou dia 13 de outubro e vai até 17 de novembro. As 200 vagas oferecidas foram preenchidas no primeiro dia das inscrições. A abertura da oficina foi transmitida on-line e contou com a presença do neurocientista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Sidarta Ribeiro; do deputado estadual Carlos Minc; e do reitor Ricardo Berbara, que debateram como canabinóides e psicodélicos clássicos estão revolucionando a medicina; cânabis medicinal: saúde e preconceito; e o papel das universidades no estudo da cânabis. O encontro foi mediado pela pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, Cecilia Hedin-Pereira.
Chefe do Departamento de Ciências Farmacêuticas da UFRRJ e coordenador regional da Sociedade Brasileira de Farmacognosia, Douglas Siqueira de Almeida Chaves, explicou que a proposta da oficina é abranger toda a cadeia produtiva relacionada à cânabis, desde o cultivo, manejo, passando pelo controle de qualidade e chegando às aplicações biológicas. Também serão abordadas as questões de legislação envolvidas com o uso da planta. “O grande impacto social que esperamos é a divulgação do conhecimento científico para desmistificar o uso medicinal da cânabis, sua composição química e os principais benefícios que traz aos pacientes”, afirma o docente, responsável pela coordenação da oficina (Com informações do site da UFRRJ).
“O grande impacto social que esperamos é a divulgação do conhecimento científico para desmistificar o uso medicinal da cânabis, sua composição química e os principais benefícios que traz aos pacientes”
Douglas Siqueira de Almeida Chaves
Chefe do Departamento de Ciências Farmacêuticas da UFRRJ
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