O S40, um dos submarinos em construção em Itaguaí pelo Prosub: programa pode receber mais investimentos (Divulgação)
O Prosub – programa da Marinha do Brasil para a construção de cinco submarinos (um deles de propulsão nuclear) em Itaguaí – consumiu em duas fases, até o momento, R$ 40 bilhões, com mais R$ 4 bilhões que o governo vai custear até 2025. O programa teve início no primeiro mandato do presidente Lula e estabeleceu um acordo de transferência de tecnologia entre a França e o Brasil.
A terceira fase vai consumir mais alguns bilhões, segundo o almirante de esquadra Petrônio Augusto de Aguiar, da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM). A diretoria mudou recentemente para São Paulo, o que gerou algumas dúvidas sobre a continuidade do programa em Itaguaí.
O almirante almoçou recentemente no Arsenal de Marinha com deputado federal Júlio Lopes (PP), que é presidente da Frente Parlamentar de Energia Nuclear do Congresso.
O parlamentar questionou o motivo da mudança da autoridade naval do Rio de Janeiro para São Paulo. Em nota, o gabinete do deputado informou o seguinte. O almirante explicou que, como carioca, entendia a preocupação. Mas, em SP, havia apenas dois almirantes 4 estrelas e no RJ já eram quatro deles. Petrônio Aguiar, então, passou a ser o terceiro almirante com essa patente em SP, equilibrando, assim, o alto comando nos dois estados.
Outro motivo para a mudança foi a logística: o Centro de Aramar, responsável pelo processo de enriquecimento de urânio e onde está concentrado todo o desenvolvimento do Polo Nuclear da Marinha está em São Paulo.
Pelas palavras do deputado: “O almirante foi enfático em afirmar que essa é mais uma visão do alto comando do que propriamente uma questão da divisão da diretoria de engenharia da força; mas que em contrapartida eles já estão fazendo estudos para aumentar a fábrica de submarinos aqui no Rio, localizada no Parque Industrial do Complexo Naval de Itaguaí, onde será realizada uma enorme ampliação que irá superar, e muito, a questão da mudança da diretoria de desenvolvimento tecnológico para São Paulo, pois a base operacional e o estaleiro continuarão no Rio e terão suas atividades expandidas – explicou.
De acordo com a imprensa da capital paulista, a Marinha do Brasil tem tido algumas dificuldades com os seus programas, mas também se esforça para expandir alguns deles, como é o caso do Prosub em Itaguaí. Após a conclusão do submarino nuclear a Marinha avalia como se dará a continuidade do programa, e uma das ideias é investir na possibilidade de vender submarinos convencionais para países vizinhos na América do Sul.
O submarino nuclear vai receber o primeiro reator atômico projetado e construído no Brasil, cuja construção e montagem acontece no Centro Industrial Nuclear de Aramar (CINA), em Iperó, no interior paulista. O chamado “Bloco 40” – prédio que vai abrigar o equipamento – está pronto. A previsão para o que o reator comece a funcionar é 2027.
O casco da embarcação, a exemplo dos demais submarinos, será construído em Itaguaí, logo depois da entrega do Angustura, em 2025, o último dos quatro de propulsão diesel-elétrica previstos no Prosub.
O almirante Petrônio Aguiar disse: “Neste 15º ano do Prosub, temos o estaleiro para os submarinos convencionais 100% pronto e a base naval para o futuro submarino convencionalmente armado de propulsão nuclear em construção”.
As obras em Itaguaí, ainda de acordo com o militar, estão de 75% a 80% concluídas: “Até o final do ano, o prédio do comando da força submarina e o prédio do comando da base de submarino estarão prontos. São dois prédios fundamentais. E, agora, como estamos chegando ao fim da fase do submarino convencional – o S-41 Humaitá está previsto para 2023, o S-42 Tonelero em 2024 e o S-43 Angustura em 2025 –, em dois anos passa a ser fundamental a negociação e o modelo de contrato para o submarino nuclear”, contou.
As negociações devem envolver as empresas do Prosub: a Naval Group (França), a Novonor e a Indústria de Construções Navais (ICN), que participam da construção dos submarinos convencionais e da base naval. Ainda segundo o almirante, o projeto vai além da construção do submarino e envolve o desenvolvimento do primeiro reator nuclear brasileiro com desenvolvimento de complexo de manutenção, diques apropriados e todo o aparato energético necessário para sua operação, tudo devidamente licenciado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
O deputado Júlio Lopes lembrou ainda que a Frente Parlamentar de Energia Nuclear e a Marinha estão trabalhando em conjunto para a ampliação do convênio com a França para a realização da segunda etapa para a produção de submarinos nucleares no Brasil, e que acreditam profundamente na concretização desse acordo.
“Inclusive no próximo dia 7, segunda-feira, vamos nos reunir às 11h30 no Arsenal de Marinha com o presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), John Albuquerque; com o secretário estadual de Energia, Hugo Leal e com o Eduardo Eugênio, presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) para discutirmos o avanço da política industrial nuclear no Rio de Janeiro.
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