FOTOS MATHEUS TORRES, THIAGO CUNHA E WELINGTON CAMPOS
Numa grande e complexa cerimônia, a Marinha do Brasil e a Itaguaí Construções Navais lançaram ao mar, na sexta-feira (14), o Submarino Riachuelo, o primeiro de uma série de quatro submarinos convencionais e um com propulsão nuclear que estão sendo construídos pelo Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). A cerimônia contou com a presença do presidente da República, Michel Temer; da primeira dama e madrinha do submarino, Marcela Temer; do presidente eleito,Jair Bolsonaro; dos comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica, de ministros de estado, de delegações estrangeiras e de várias outras autoridades.
Durante os discursos, as autoridades destacaram as vantagens da união do Brasil e da França na proposta de reforçar a esquadra brasileira de modo a garantir a soberania no patrulhamento do mar territorial nacional. Diretor-presidente da ICN, André Portalis classificou o lançamento como um dia simbólico de uma cerimônia internacional, que celebra a combinação da tecnologia francesa com as demandas da Marinha do Brasil. Ele ressaltou ainda a capacidade do brasileiro de assimilar a complexa tecnologia francesa, incluindo adaptações que vão beneficiar projetos na própria França.
Comandante da Marinha, o almirante de esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira salientou a importância do projeto para o futuro do país, enfatizando o que considera um vasto programa de nacionalização de profissionais e das empresas. Segundo o comandante, a transferência de conhecimento tecnológico será importante para garantir a sua soberania e também para que no futuro o Brasil possa contribuir com as esquadras das nações amigas.
O ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, por sua vez, lembrou o valor inestimável da chamada Amazônia Azul, que faz do Brasil o décimo país com maior área marítima do mundo. “É nosso dever zelar por esse tesouro”, concluiu ele, acentuando ainda vantagens como a nacionalização de equipamentos e sistemas e a qualificação da mão de obra. “O futuro de lá já nos acena. Já estamos visualizando 2029, com o lançamento do submarino Álvaro Alberto”, disse ele, lembrando do submarino a propulsão nuclear que será construído em Itaguaí, como parte do Prosub.
Em seu discurso, o presidente Michel Temer disse ter a certeza de que o futuro presidente Jair Bolsonaro dará continuidade ao projeto em favor da defesa e da soberania nacionais, que ele classificou como prova renovada da excelência da indústria naval brasileira. “O que se está revelando grandiosamente nesse momento é uma data que ficará marcada na história, um motivo de orgulho para todos os brasileiros”, disse o presidente, destacando ainda que o Prosub é um projeto de longo prazo. “Essa mais recente conquista e um projeto que resulta de planejamento e visão. Faz parte da agenda de reformas que está modernizando o país”, acrescentou.
O lançamento do Submarino Riachuelo foi assistido por centenas de pessoas, entre militares, trabalhadores da Itaguaí Construções Navais e da Odebrecht, representações estrangeiras, altas autoridades civis e militares e um batalhão de jornalistas,dentre os quais a equipe de reportagem do ATUAL. Mas a cerimônia, no entanto,rompeu fronteiras, sendo transmitida ao vivo para todo o mundo pela internet.
A cerimônia cumpriu um roteiro com execução do Hino Nacional, apresentação e discurso das autoridades, exibição de vídeos do projeto, batismo da embarcação pela primeira-dama Marcela Temer, acionamento do equipamento que fez o submarino descer ao mar, numa operação que demorou cerca de 30 minutos. Após o lançamento, o Riachuelo será submetido a uma série de provas e testes por cerca de dois anos, até que seja definitivamente incorporado à frota da Marinha do Brasil. Nos testes de porto serão avaliadas a estanqueidade, a flutuabilidade e o equilíbrio do navio, incluindo testes de mar.
No final da cerimônia, toda acompanhada por uma banda da Marinha do Brasil, o lançamento foi saudado por sirenes de embarcações da Marinha ancoradas nas proximidades e pela passagem de aeronaves pelos céus da região. Os convidados depois participaram de um coquetel de confraternização, reunindo algumas das mais destacadas autoridades da região
O Prosub prevê a construção de quatros submarinos convencionais e a construção do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear e infraestrutura necessária à construção, operação e manutenção de ambos os modelos, composta por uma unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas, um estaleiro de construção e outro de manutenção, a Base Naval, além de estruturas complementares.
Segundo a Marinha, a concretização do Prosub vai dotar o Brasil com tecnologia de ponta, fortalecendo diversos setores industriais de importância estratégica para o desenvolvimento econômico do país, além de fomentar a capacitação de profissionais em atividades altamente especializadas. Ainda de acordo com a Marinha, priorizando a aquisição de componentes fabricados no Brasil para os submarinos, o Prosub é um forte incentivo à base industrial de defesa, que engloba os setores de eletrônica, mecânica (fina e pesada), eletromecânica,química e da Indústria Naval Brasileira. Neste contexto, o Prosub está gerando milhares de empregos diretos e indiretos. Em comunicado à imprensa, a Marinha informou que apenas seis países no mundo constroem e operam submarinos com propulsão nuclear – Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, França, China e Índia,e que destes, o único que concordou em transferir tecnologia ao nível requerido e capacitar os brasileiros a projetar e construir submarinos foi a França.
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