Relógio de cliente do bairro Mangueira, que reclama de multa indevida por uma suposta ligação irregular de energia elétrica (Arquivo pessoal)
Além do fornecimento de energia elétrica, uma outra atribuição importante de concessionárias do setor é a identificação de ligações clandestinas. E é isso o que a Light tem feito em Itaguaí. Só que de maneira equivocada, de acordo com o relato de alguns moradores com quem o ATUAL entrou em contato por meio das redes sociais. Eles alegam que a empresa os pune indevidamente por “gatos” e ainda fazem acusações sérias, como falsificação de assinatura e coação.
Um dos clientes – que preferiu não mencionar o bairro onde reside – afirma ter sido coagido por um prestador de serviço da Light. Ele afirma que, no ano passado, ao chegar em casa, onde estava apenas seu filho menor de idade, encontrou o funcionário que lhe entregou um documento e o induziu a assiná-lo: “Ele saiu deixando um papel que eu nem sabia do que se tratava. Só entendi quando chegou a multa, a tal da TOI”.
Segundo a empresa de tecnologia jurídica Jusbrasil, TOI significa Termo de Ocorrência e Inspeção ou, popularmente, Termo de Ocorrência de Irregularidade. Ainda de acordo com a plataforma – que funciona como ferramenta para coleta, organização e disponibilização de informação jurídica pública –, a concessionária de energia elétrica emite por escrito este documento quando detecta furto de energia em sua rede.
Mas só o deve fazer na presença do consumidor, “que tem o direito de acompanhar todas as etapas de inspeção”. Entretanto, o morador afirma que ao chegar em casa, o TOI já havia sido emitido: “O funcionário pediu para que eu assinasse o papel e que o documento se referia a um reparo de rede. Agora, a Light entende que eu reconheci a irregularidade”, conta o morador, que assegurou: a empresa nunca realizou perícia em seu relógio para afirmar que há ligação clandestina.
Em contato com a reportagem, o morador enviou uma foto da cobrança da multa. No caso, da nona parcela de um total de 60 no valor de R$ 92,56.
LIGHT RESPONDE
Com informações e relatos dos moradores, a reportagem procurou a Light. Em uma primeira resposta, a assessoria de comunicação da companhia disse que precisava dos códigos de instalação dos clientes para que pudesse apurar a questão junto à área responsável. Algumas horas após o envio destes dados, o setor retornou, porém, com uma nota – confira o texto na íntegra no fim da página.
No documento, a concessionária informa que a emissão do TOI é um procedimento padrão “adotado de acordo com a Resolução Normativa nº 1.000/21 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)”. A companhia destaca ainda que “os clientes podem acompanhar as equipes durante as inspeções nos medidores de energia”.
O ATUAL voltou a contatar a assessoria de comunicação da Light para falar sobre os casos específicos abordados na matéria – inclusive com envio do código de instalação –, mas não obteve retorno.
E já que a concessionária citou a Aneel, a reportagem também buscou a autarquia vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Até o fechamento desta matéria, porém, não houve resposta.
ASSINATURA FALSIFICADA
Já uma moradora do bairro Mangueira suspeita de que funcionários da concessionária tenham assinado o TOI no seu lugar: “Não assinei nada. Eles falsificaram minha assinatura”.
A cliente conta que foi a uma loja da Light nesta sexta (2) e ouviu que a última inspeção no seu relógio da sua atual residência aconteceu antes de abril, mês em que ela se mudou para lá e solicitou a instalação do equipamento em abril.
A moradora – que disse ter visto outros consumidores com o mesmo problema quando foi à sede da Light pela primeira vez – afirma que já recebeu uma notificação de que terá que arcar com uma multa no valor total de R$ 920. Ela ressalta que não pretende pagar e garante: “Se negativarem meu nome, vou botar na justiça”.
FALTA DIÁLOGO
Outra moradora, residente de Chaperó – Gleba B, acusa uma equipe da Light de ter mexido no relógio – que fica em um poste na rua – sem o seu conhecimento. “Não sei se alguém autorizou. Mas mandaram uma carta com uma multa”, conta ela, criticando a concessionária por uma suposta falta de diálogo: “Não adianta reclamar. A Light não nos dá opções”.
Além de considerar a multa indevida, a consumidora crê que a Light ainda esteja realizando cobranças mensais que não condizem com o seu consumo: “Pago quase todo mês R$ 200. E eu só tenho em casa uma TV, um ventilador e uma geladeira. É o básico do pobre. Isso está me lascando”, lamenta.
NOTA DA LIGHT
“A Light realiza inspeções diárias em sua área de concessão e quando equipes encontram uma irregularidade no medidor de energia, seja por defeito ou fraude, o procedimento padrão adotado, de acordo com a Resolução Normativa nº 1.000/21 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), é preencher o documento chamado TOI, que é entregue ao cliente com a explicação sobre a irregularidade detectada.
Esse documento é autorizado pela Aneel e utilizado por todas as distribuidoras de energia do Brasil. Destacamos ainda que os clientes podem acompanhar as equipes durante as inspeções nos medidores de energia.
A Light preza pela transparência de seus processos e reafirma o seu compromisso com os clientes, estando sempre à disposição para quaisquer esclarecimentos, pelo telefone 0800-021-0196″.
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