Funcionários da CSN no Porto de Itaguaí negociam acordo coletivo com a empresa na próxima terça-feira (19)

A direção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) – que tem atua em dois terminais no Porto de Itaguaí – marcou reunião de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) com funcionários grevistas para a próxima terça-feira (19). A greve dos trabalhadores e trabalhadoras da CSN é simultânea em mais duas cidades além de Itaguaí: Volta Redonda (RJ) e Congonhas (MG).

Os grevistas reivindicam principalmente reajuste de salário, o que não ocorre há muito tempo. Eles também solicitam correção nos benefícios e calculam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) chega a 12% acumulado na data-base da categoria. Na visão do movimento, a defasagem salarial dos trabalhadores da CNS chega a 25%.

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O presidente do Sindicato dos Portuários do Rio de Janeiro, Sérgio Giannetto, disse ao ATUAL: “A CSN propôs uma reunião na terça-feira (19), às 10h. A categoria mantém o estado de greve. Estaremos lá para ouvir o que a CSN tem a nos oferecer. Vamos ver”. Ele pontuou que negociar com a empresa tem sido muito difícil: “infelizmente eles têm uma política de precarização do trabalho”, lamentou Giannetto.

Ainda de acordo com o presidente do sindicato, se a negociação não avançar conforme as expectativas dos funcionários, no próprio dia 19 eles voltam a parar.

JUSTIÇA E MPT

Na segunda-feira (11), um desembargador da 2ª Vara da Justiça do Trabalho do município considerou legítima a greve dos portuários da CSN em Itaguaí, em resposta a um pedido da empresa para que a Justiça considerasse o contrário.

Em Volta Redonda, a CSN demitiu 30 funcionários que faziam parte da comissão de negociação, o que gerou revolta no movimento. A siderúrgica recebeu notificação do Ministério Público do Trabalho (MPT) em que determinou o prazo de até 48 horas para a empresa apresentar documentos que comprovem o andamento da negociação.

O MPT voltou a atuar no caso na terça-feira (12), quando pediu a reintegração de cerca de 30 trabalhadores que foram demitidos pela CSN por fazerem parte da comissão de negociação.

Giannetto tem dito que a CSN aumentou seu lucro em 217% apenas no ano de 2021. “Com isso, os acionistas lucram bilhões e a categoria é forçada a entrar em greve para tentar ser ouvida” diz ele. O ATUAL já havia pedido um posicionamento da CSN sobre o assunto na semana passada, mas até o momento não obteve resposta.

Redação

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