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Cresce a presença feminina em áreas operacionais do setor portuário

Dados da Antaq revelam que mulheres já ocupam 17,3% do total de vagas no país

Ver três mulheres no comando do embarque de minério de ferro de um terminal portuário mostra o quanto o setor está avançando na busca pela equidade de gênero. Mesmo em menor número, a presença feminina vem ganhando espaço. Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), pouco mais de 17% do total de vagas no setor aquaviário brasileiro é ocupado por mulheres. No Porto Sudeste, o movimento também é de crescimento.

A constatação a que chegou a Antaq através de seus estudos também é uma realidade no complexo portuário de Itaguaí. Ali, o ano de 2024 chegou ao fim com 22% do quadro pessoal composto por mulheres (era 20% em 2023). E os cargos ocupados não foram apenas os administrativos, mas os operacionais também. No último mês, por exemplo, três mulheres estiveram à frente da operação de embarque de minério de ferro, principal atividade terminal.

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Prata da casa na linha de frente

Residentes de Itaguaí, Kezia Marques, Hellen Lima e Rechane Novais fazem parte do time de inspetoria embarque e desembarque, atuando como intermediadoras entre o navio e o terminal. No dia a dia, suas atividades incluem o carregamento e descarregamento de navios, realização de cálculos e medições, entre outros. Nesta operação específica de atracação, as três atuaram juntas, um feito raro no setor.

Kezia Marques, Hellen Lima e Rechane Novais acreditam que há uma maior quantidade de mulheres trabalhando no setor portuário comparado ao passado, porém, esse número ainda precisa crescer exponencialmente. “Quando vimos uma Imediata mulher neste ano foi um acontecimento. Ficamos muito felizes e surpresas”, conta Rechane.

No Porto Sudeste, ela observa esse movimento de perto com otimismo. “Um dia desses, estava voltando do píer eu encontrei com duas meninas jovens. Isso não era comum há um tempo”, completa.  “A gente consegue ver pelo menos uma presença feminina mínima. Principalmente no Porto Sudeste, onde nos sentimos mais em casa e temos acolhimento”, diz. No entanto, reconhece que ainda há desafios em relação à questão do gênero. “Trabalhar em uma área predominantemente masculina significa encontrar certa resistência de algumas tripulações”, acentua Hellen, compartilhando o entusiasmo de Rechane com o aumento das mulheres no setor.

Ingresso no setor

Kezia, de 25 anos, entrou no Porto Sudeste no ano passado. Inspetora há quatro anos, sempre sonhou trabalhar com o mar e navios. Apesar de, inicialmente, considerar atuar na Marinha, seu destino a mandou para um setor próximo: o portuário. Hellen, de 38 anos, por outro lado, já tinha o trabalho em mente. Ela se formou como técnica de portos no Cefet de Itaguaí, e hoje atua como técnica de desembarque, ocasionalmente auxiliando na inspetoria.

Rechane, de 32 anos, comenta que a oportunidade da vaga de inspetora surgiu de forma inesperada. Entretanto, na primeira vez que esteve no píer, ela se apaixonou. “Sempre gostei muito de navios, mas nunca havia tido contato diretamente com a área”, conta.

Construir uma sociedade mais justa é uma responsabilidade que as empresas não podem mais ignorar. O Porto Sudeste segue investindo e encorajando a inserção de mulheres no setor portuário. Neste ano, a empresa recebeu o Selo Empresa Amiga da Mulher, concedido pela Secretaria de Estado da Mulher que comprova o movimento de empresas privadas em promover diversas ações voltadas para o público feminino.

Leia também: Prefeitura de Mangaratiba reconhece mulheres que fazem a diferença

*Texto elaborado a partir de conteúdo enviado pels Assessoria de Comunicação do Porto Sudeste

Renato Reis

Renato Reis é bacharel em Comunicação Social, graduado em Jornalismo pela Universidade Gama Filho e atua como editor da edição digital do Jornal Atual.

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