O termo “sleepmaxxing” (traduzido como “maximização do sono”) vem ganhando popularidade nas redes sociais, especialmente entre os jovens. A expressão se refere à adoção de estratégias para melhorar a qualidade do descanso, otimizando o sono por meio de hábitos saudáveis e ajustes no ambiente de descanso.
Conforme o Dr. Fabrício Hampshire, neurologista da Casa de Saúde São José, tem aumentado a busca por qualidade de vida e saúde por meios mais naturais, como alimentação, atividade física, conexão social e gerenciamento de estresse. O sono, em especial, desempenha um papel importante nisso.
“Deve ser feito um investimento na higiene do sono por vias naturais. Não devemos priorizar medicamentos e estratégias artificiais, mas, sim, buscar sempre o natural, o fisiológico e o equilíbrio”, explica.
Vídeos e postagens da tendência do sleepmaxxing tendem a focar em estratégias naturais para dormir melhor, como meditação, terapias de luz, cobertores pesados, rotinas de higiene e músicas. Para o Dr. Fabrício Hampshire, essas sugestões têm um benefício secundário, sendo necessária a comprovação científica para provar o efeito positivo no sono.
Com base nisso, o neurologista lista algumas dicas, conforme a literatura científica, para melhorar o sono:
Outra tendência muito comentada nas redes sociais é a estratégia do sono polifásico, isto é, uma divisão do tempo de sono em vários cochilos, ao invés de uma longa fase apenas à noite. No entanto, o Dr. Fabrício Hampshire não recomenda essa divisão de maneira artificial.
“Na primeira infância e na velhice, os indivíduos tendem naturalmente a um sono polifásico. Se a pessoa não tem essa necessidade natural, isso não deve ser uma coisa estimulada, salvo em situações muito particulares, como o trabalho em turnos noturnos, por exemplo”, alerta o neurologista.
Uma boa noite de sono é fundamental para o bom funcionamento de todo o organismo: desde a produção de hormônios até a consolidação das memórias. A privação de sono pode levar a uma série de riscos à saúde, podendo, inclusive, aumentar o risco de doenças e levar à morte.
“A necessidade do sono é muito individual, vai depender de fatores genéticos, predisposições, idade etc. Um adulto, em geral, tem que dormir pelo menos sete horas. Crianças de 6 a 12 anos, em média, devem dormir de 9 a 12 horas. Adolescentes de 13 a 18 anos, por volta de 8 a 10 horas”, conclui o neurologista.
Por Bernardo Bruno
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